Meu diário de bordo

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Pra nunca mais chorar

Dorme amarrotada no peito 
Uma esperança frágil
Do amanhã sereno
Da febre dos dias azuis 
Me levanto da cadeira mais cansada
Fecho muitas  portas pesadas
Caminho sob um sol inclemente
Desnorteada, ridiculamente trôpega

Que ali adiante eu amarre meus ais
Reserve leitos macios para ossos aparentes
Sem cortinas revirando brisas
E sem jutas aparadoras de olhares fúteis
Para que eu volte no mesmo vagão que vim
Embrulhada em sonhos praguejados

Nenhum comentário: