Meu diário de bordo

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Fragilidade

Descansa a língua sem papas.
Descansam os pés sem passos.
A vida segue sem pular etapas,
Sem se lamentar pelos fracassos.

Como não sentir pela fresta tanto frio,
Se o vento sibila rangendo as brancas portas ?
Um oceano de vozes percorre num arrepio
O sono silencioso das paredes já mortas.

Vigia o desconforto um feixe frágil de vida,
Na imensidão escorrida no cinza do dia.
Morreram os sorrisos n'alguma tela esquecida.

As mãos enterradas na face arranhada,
Contam o tempo de uma espera sem fim;
Do jogo, sobrou só o tabuleiro...mais nada.

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