Meu diário de bordo

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Por que?


Será o tempo, pelo caos assassinado,
Mudou nosso entendimento?
O que era amor, hoje é momento,
 Vive pelos cantos pálido e calado.

Por que recolhemos os carinhos?
Para mofar nas gavetas da alma?
Ah! Em que dia nasceu o trauma
Que nos relegou aos descaminhos?

Desaprendemos as delícias da paixão,
Ou nos apressamos em morrer?
Sei que engolimos sonhos na ilusão
De um dia distante, merecer.

Nos despedimos de nós, a cada dia;
Morrendo lentamente nessa agonia.

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