Meu diário de bordo

quarta-feira, 21 de abril de 2010

NUNCA












Não há portas a nos separar, nunca houve
Só um tênue esperar sem cobranças
Um silêncio cúmplice para quem ouve
O ranger de pés retornando das andanças

Não há relógios marcando tempo de espera
Só o badalar descompassado de corações apressados
Que insistentes, nas horas soltas emperra
No estio de braços solitários estilhaçados

Atravessa a passagem do imune momento
O pulsar da razão desatando o coração
Quedando-se assim num átimo de pensamento

Minha vida que sem espreita longamente sorri
Defronte a porta imaginária a ti confessa
Sempre aqui estive, do teu lado eu nunca saí

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