No leito do Jordão não estás,
No pomo do meu corpo ansioso,
Também, oh, hebreu, tu não jaz!
Me abraça o oriente furioso.
Nas fráguas dos dias, as lutas,
As conquistas, te afastam do meu leito,
Amado filho de Israel sei, escutas,
O pranto que goteja do meu peito.
Banha-te nos sóis e neles te batiza,
De deserto; pois longa é a jornada,
De Horebe a Jerusalém onde divisa,
Com o anjo, a minha chegada...
Oh amado hebreu que t´espero,
Além dos vales e das profecias,
Sob as torres do marfim, me esmero
Banhando-me em leite e especiarias!...
Pende ante a lótus que repousa quieta,
Teu olhar viajor, rei da terra prometida,
Vem pois! e a contempla tão seleta
Tua flor babilônica, serenamente adormecida....
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