Meu diário de bordo

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Deboche

 Haste rígida

Língua bífida

Vida insípida

 

Sem ternura

Sem candura

Habilidade madura

 

Semeou confusão

Mentiu com tesão

Serviu  o pão

Que o diabo

Amassou com o rabo

 

As palavras com fogo cerziu

Bordadas com atentos pecados

Tanto viveu quanto fingiu

 

Repousa pálida e solitária

Uma já sem vida e ordinária

Viúva de beijo debochado

 

Sem saudades ou recado

Apaga sua existência terrena

Com um sorriso vil, na face serena


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