Não sei se nasci de um acidente
ou meu nascimento o foi, sem retórica
Não sei se a poesia me é inconsequente
se jorra sem luta ou se dela virei parabólica
Nasci congestionada, represada
de emoções e sentires acachapantes
Que se não envaziar-me até o nada
sufocam-me os moinhos de Cervantes
Oh Deus me esfolastes a alma vil
assim que a luz me acendeu a vida,
fiquei contida como pólvora, num barril
Guardo palavras nas mãos calejadas
dores e alegrias que na alma sangram
vertendo pelos dedos rimas marteladas.
2 comentários:
Angélica:
Quem sabe a própria vida seja uma poesia ...
Apenas não lida , ou mal lida , por alguns ...
Mas é provável, que sua poesia , seja a lida da vida
E sem essa lida , haveria vida ??
Beijo !
Ser poeta não é fácil. Dói e sangra. Mas também nutre o prazer. A faca amolada do verso e a carne torta dos sentidos. Mas, sempre vale a pena!
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