Profana
Angélica T. Almstadter
02-06-05
Estanco debaixo do chuveiro;
Para escorrer os meus pecados,
Rogo a calma desse braseiro
Em sussurros derramados.
Pelo ralo desaparece insensato;
O desejo no afã cobiçado
Desprendido sem nenhum recato.
Pelo na pele eriçado.
Lava a alma e a carne fértil,
A corrente de água pura.
Faz de novo a mente débil
Recolhida na veste de alvura;
A simulação branda e estéril
De apropriada compostura.
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