Meu diário de bordo

sábado, 12 de julho de 2008

Capela
Angélica T. Almstadter
11-05-05

Nem de barro nem de bronze
Do altar a nossa oratória,
Feito de enfeites e honrarias;
Se insurgirá depois das onze
Pungente ou merencória,
A depudorada euforia.
Nem as noites irreverentes
Gemerão tão alto, quanto as vozes
Aprisionadas em desespero,
No lanho dos nossos corpos alvos,
Ungidos, conscientes;
Punindo-se qual algozes.
Na troca de cheiros e temperos.
Particulares favos,
Medidas únicas;
Dos nossos corpos às túnicas.

Melodias e homilias,
Rendidas nesse quarto de hora;
Quando a noite se inicia
Ao toque dos sinos.
Na capela da nossa redenção;
Coro de anjos em vigílias,
Que ao leve toque ignora
O pecado, frente a carícia,
E louva com hinos
O prazer da comunhão.

Nenhum comentário: