Enterra vivos os sonhos que só você conhece!
Há muito são moucos seus ouvidos à prece
Que eu ainda desajeitada desfio uma a uma.
Apoio sobre as mãos as mesmices que me sobra,
Na arte reescrevo um pouco do que ainda restou.
Chama-me ingrata, pois insolente ainda eu sou,
Onde eu venço fica a cicatriz do quanto me cobra.
Rasga o meu tempo em desafios angustiantes,
Para eu preencher todo meu mísero espaço,
Eu me debato cansada nas suas rédeas rutilantes.
Dá-me pernas e o infinito, me castre no seu laço,
Sufoca meus desejos todos, sem atenuantes.
Mata meus anseios e seca também meu abraço!
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