Meu diário de bordo

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Gavetas entreabertas



Onde andará o silêncio que preciso  para organizar meus pensamentos; pobres pensamentos tão soltos e  embaralhados.
A cada minuto envelheço inexoravelmente antes de encontrar as soluções mágicas que persigo.
No meu entorno o mundo se agita e me agita, não sei o que encaixar em tanto espaço que vai se acumulando em mim pela perda dos sonhos e ilusões que vou deixando ao longo do caminho.
O que vou encontrar dentro das gavetas da minha alma? Tenho medo de abrí-las. Sei lá, talvez contenham emoções sufocadas, mofadas ou medos e temores estranhos que achei incontrolados e os trancafiei.
Tantas bugigangas guardadas em caixas que não mexo há anos; devem conter traças, cheiros nauseabundos que não sei se ainda suporto.
Não consigo definir se essa que vejo no espelho é a que sou ou a que me transformei, não me reconheço nas marcas fundas delineadas no rosto. Jovem não sou mais, porém a sede das buscas ainda pulsam fortes nas minhas entranhas.
Aliás, quem sou eu com tantas gavetas, caixas e espaços que simplesmente desconheço!

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