Grande esse vazio que cresce
espande por todo o espaço.
Enormes esses nadas que se amontoam
amoldando formas vazias e sem cor.
Dentro desse infinito espaço
que a nenhuma lógica obedece;
verdadeiros, só os sons que ecoam
mutilados por vozes em dor.
Deslocando-se de lá pra cá,
de cá pra lá, à deriva,
trombam com silêncios ácidos,
falas ocas e criações pífias
fingindo possuir gentil sabor.
Tantos compartimentos azuis
rosas e furta-cores, já emboloram
sob o cansaço da luz tênue que se apaga.
Foram recolhidos os sóis,
as luas e seus mistérios surdos,
não mais razão para colecionar:
ilusóes, sentimentos, nem chuvas doces;
atrás do pano a vida envelheceu
de tanto esperar...
4 comentários:
Adoro ler suas linhas, amiga. Me faz transcender! Sucesso! Bjs
Adoro ler suas linhas, amiga. Me faz transcender! Sucesso! Bjs
Oi Angélica, obrigado pelo alerta quanto a autoria do texto do Roberto Freire, logo corrregirei.
Um abraço, ZC
Menina, veja umas fotos bonitas.
http://sonhodepaz.blogspot.com/
Obrigado pela sua visita, bjs
Postar um comentário