Calo-te com o calor da minha boca
Com o abraço solitário da minha ternura;
Nunca houve tanta verdade
Em tão pouco silêncio.
Um vale de sentimentos que transborda
Uma ponte que não encontra o outro lado
E um imenso borbulhar de sons
Dentro desse vazio de pessoas e gestos.
Eu desenfreada angústia,
Sem diques, a correr nos corredores da vida
Engulo séculos de esperas, de retorcidos nãos.
Calo-me enquanto curvo-me aos açoites
Mas abro-me inteira de esperanças doces
Para acolher teu sorriso manchado.
Eu ofereço meu ventre cansado
Para receber teus dias tristes
Que cabem em igual leito de solidão.
4 comentários:
Adorei! Muito bom! Abraços, Jorge.
Sempre me encsntsndo com seus escritos. Pago pau, mas sou uma humilde fã de seus versos. bjs e tudo de bom mais um caminhão.
Muito bom, Kika.
A angústia que se resolve pelas próprias atitudes.
Adorei essa parte
"Eu ofereço meu ventre cansado
Para receber teus dias tristes"
diz muito nas entrelinhas :)
parabéns :)
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