Pela órbita revirada dos meus olhos,
Um rio de emoções desaguou silêncios
Que caídos formaram lagos tão doces
Quanto o ensaio amoroso que os revirou.
O som das palavras não passou na garganta
Lubrificada pela alegria de as sentir.
Quem se perdeu nas horas?
Fui eu ou foi você?
Quem engoliu a voz junto aos sonhos?
Eu?
Restou um caco colorido de brilho morto,
Piscando obscenamente
Sempre que a saudade bate à porta
Do meu atabalhoado coração.
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