Meu diário de bordo

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Semeadura



Os lábios prenhes gemem canções silenciosas
que pedem genuflexão e pranto sentido.
São essas as orações lastimosas
o ardente desejo do renovo da vida.
A terra murmura sons que só os poetas ouvem,
Chora sua alegria pelos campos e cidades;
fazendo brotar vida verde diariamente.

É dos calos das mãos generosas,
O carinho sincero de quem semeia.
Nos dedos sinceros a prece;
que norteia o sentido de cada frase.
Um acaricia aquela que o alimenta,
Outro bebe das letras que saciam a sede.

O mundo carece de amor ardente,
Que junto a ação correspondente;
Promove a vida em todo seu esplendor.
A violência mata a terra fértil,
A palavra insana promove a violência
No terreno humano visceral
E na terra que deixa de produzir.




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