quinta-feira, 20 de agosto de 2015
intimidade
No vão dos seios uma nota nua.
A lira refeita e aceita.
O júbilo do encontro,
Que mora dentro do desencontro.
O tatear macio da lua,
Que passeia na cama desfeita;
Sorriem dispostas as alianças,
Os laços refazendo os pedaços.
Agora sim, os astros se enchem
de esperança,
E a música passeia em arrepios
Na alva tez;
Procura a brandura dos cios
Refletida na timidez
Dos olhos semi cerrados.
Silêncio pelo medo que nasceu,
No jardim dos poucos pecados.
Os lábios entreabertos cheirando
a erva doce,
De pronúncia carregada, a fala
descompassada.
Conta do zelos, e provoca a ansiedade.
O corpo febril resvala nos segredos,
Sequioso se contorce em súplicas.
E vão-se as horas por entre os dedos;
Confusas na intimidade,
Por lembranças únicas.
O sorriso esboça a alegria artificial,
Que se encolhe calada,
Banhada de suor e lágrimas.
A fonte de energia vital,
Tomba cansada,
Abraçada as lástimas.
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