sexta-feira, 13 de julho de 2012
Dilema
Fora da corrente sou o elo
A semente jogada ao vento
Sou a curva do paralelo
A imensidão em cada momento
Sou o inexistente
Sou o frio fio da navalha
Sou eu simplesmente
Minha própria mortalha
Na receita do destino sou passageira
Para a pitada na mistura
Onde sou fiel mensageira
Das doses de amor sem censura
Disposta como ângulo na geometria
Traço desenhos com meu corpo
Na mais perfeita simetria
Em pele nua sem adorno
Programada para ser amorosa
Desfilo minhas palavras
Meu vazio cor-de-rosa
Como enfeite das lavras
Sou também tão desconcertante
Tão rota para o escracho
A zombaria da hora
No sério papel de capacho
Como gentil senhora
Sou o muito do nada
O abalo da construção
Ilha do oceano separada
Mão dupla na contramão
Sou o olho do furacão a fumegar
Sou a lua uivando para sol
Uma amante a mendigar
Por uma estrela do arrebol
2 comentários:
bravo, Kika!
bjs cula
Bravíssimo, Kika!
Bjs
Eliane Triska
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