Meu diário de bordo

quinta-feira, 3 de maio de 2012

abraço calculado



abraça minhas arestas
o medo calculado
tateia meus cantos escuros
um forte desejo de romper véus
cá onde os estilhaços brilham aos cacos,
atraio chuvas, pingando nos espelhos

atravesso adagas na voz
rasgo elos, ato nós
tenho joelhos ralados pela fé
as mãos estendidas em conchas
para colher chuvas 
mas esqueço abraços no sereno
onde ainda é permitido sonhar

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