Encastelada em sonhos difusos,
cercada de silêncios e rumores,
mora a inqueitante solidão.
Tece os dias em pequenos fusos,
bordando horas inteiras de favores;
com fios de meadas tênues
intercalando sua doce ilusão
aos traços firmes da obsequiosa razão.
Lá onde o encanto não morre;
refaz as aflições com igual agonia,
bebe verbos e palavras ausentes.
Para si mimoseia com ternura
a boca escancarada do escárnio.
Moraria dentro de uma epifania
não fosse a realidade uma ruptura.
Mas é noite de passar os dentes
Fechar a cortina mudar o cenário.
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