Tão perto dos teus olhos
E tão longe do teu querer,
Como no dia em que vi a luz primeira
Nos cantos e louvores entoados com alegria.
Meus pés sangraram tantas vezes,
A garganta secou de tantas palavras
Tanto quanto pela sede delas.
Nunca me viste realmente!
Meu coração nunca se aquietou
O desejo de sabê-lo me queimava,
A certeza de senti-lo dava-me esperanças;
Só ao redor de mim te manifestavas.
Marquei hora, dia e não chegaste.
Esperei pelo teu tempo que não chegou.
Gastei o chão indo a tua procura,
Estavas para além de mim, nunca para mim.
Fechei os olhos, o coração e a porta.
Não virás, hoje eu sei.
Meu coração embruteceu de esperar
Por um amor que nunca me abraçou.
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