Meu diário de bordo

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Por que eu canto?



A dor congela quando canto
A poesia é a cura da minha insanidade
Há loucos que pintam, que correm, que voam
A cada um o instrumento que lhe cabe na razão
Enquanto entôo cantos de aflição
Meu céu é azul e o cheiro de mar me inavade as narinas
É como um bálsamo mitigando as feridas
Como oração ofertada à alma
O freio da loucura instalada
Calça e veste meus dias de afobação

Antes a loucura bem acompanhada
Que a razão sufocando a alegria de ser livre
Como e bebo letras encharcadas de emoção
Para embriagar uma vida inteira
Danem-se os tolos que não experimentaram a aventura de viver
Não tropeçaram na euforia da insanidade
Pobres bastardos, deserdados da beleza
Não aprenderam ter o passe livre no sal dessa terra de provação

Nenhum comentário: