Meu diário de bordo

sexta-feira, 6 de julho de 2012

A mulher que ama




A mulher que ama tem um rio apressado
A correr pelas veias náufragas
Lavas de um vulcão descontrolado
Se derramando sobre o corpo tépido
Só de brilhos se veste seus olhos amantes
Marejados de alegria 
Ou transbordando choros arfantes,
Lapidados brilhantes
A mulher que ama destoa 
Se doa
Ri a toa
Volita sem asas
Tem o ventre em brasas
Não segura o seio que palpita
E sob a roupa se agita
Empina
Desatina
A mulher que ama perde o chão
Tem acessos de paixão
Não tem freios no coração
De amor de alimenta
Se sustenta
Se curva às esperas
Perde a fala, só vê a realeza
A beleza do seu amor
A mulher que ama se multiplica
Se santifica
Porque no amor se encanta
E com zelo 
Para ele canta
O amor de uma mulher é jóia sem preço
Entregue e revirada
Inteira, ao certo e do avesso

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