
Será que deveria revelar meu disfarce,
Expor de cara lavada meus dotes tímidos?
Talvez assustasse meu medo e a catarse
Que escondo atrás desses gestos insípidos.
Delicadeza de palavras morrem à míngua,
Onde a presença nem sempre se nota.
Sobra hipocrisia quando falta papas à língua;
Circo e platéia para o bobo da moda.
Não vale um tostão a vaidade da verdade,
Só há mesmo escombros na realidade,
Que vale tão menos que a sinceridade...
Pois que morra como nasceu o segredo;
Forte e imbatível como um rochedo,
Hoje não faz mais sentido tanto medo.