Meu diário de bordo

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Nem vermelho nem azul




Nas minhas veias corre um sangue estabanado
Que se impacienta com a rotina
Nem vermelho nem azul; tem gosto salgado
Amortece e acalenta  qual morfina

Circula sem freios e sem direção
Esse sangue adoentado
Acelera e mata sem concessão
É quente esse sangue desordenado

Dá vida e agonia sem perdão
Essa vida entubada nas veias
Letal infortúnio da criação

O aluvião que em mim passeia
Exuma o corpo, mata a razão

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