Meu diário de bordo

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Êxodo



A  terra sangra de agonia
Ao ver arrancados os filhos amados
Que expulsos partem em fila fria
Cabisbaixos se vão os deserdados

O negro terror da partida
Aos que sucumbem em tortura
Nem enterro ou vela sentida
A vida aí respira secura

Que portas se abrirão?
A quem nada possui
Onde estará o novo chão?

Fusão de medo e ansiedade
Do tempo bom que não flui
E devora as entranhas com saudade

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