Meu diário de bordo

sábado, 5 de dezembro de 2015

Teu olhar



Depositaste teus olhos tristes
no meu colo atrevido,
e bem antes do fim do dia
antes de provar minha libido;
tranquei meus limites.
Não deixaste fogo da paixão,
nem promessa de fantasia;
não me viste...

Longe do contorno das luzes
no abraço ligeiro da canção,
só me sabias um poço de sonhos,
desejos loucamente risonhos.
Com olhares na via cruces
apalpei tua imaginação
e não me viste...

Dentro do teu olhar
o meu se espelhou triste
balançou, marejou
oceano de mágoas represado,
meu olhar sem diques
explodiu...
e nem me viste...

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