Meu diário de bordo

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Espaços

 
Grande esse vazio que cresce
espande por todo o espaço.
Enormes esses nadas que se amontoam
amoldando formas vazias e sem cor.

 
Dentro desse infinito espaço
que a nenhuma lógica obedece;
verdadeiros, só os sons que ecoam
mutilados por vozes em dor.

 
Deslocando-se de lá pra cá,
de cá pra lá, à deriva,
trombam com silêncios ácidos,
falas ocas e criações pífias
fingindo possuir gentil sabor.
 

Tantos compartimentos azuis
rosas e furta-cores, já emboloram
sob o cansaço da luz tênue que se apaga.
 

Foram recolhidos os sóis,
as luas e seus mistérios surdos,
não mais razão para colecionar:
ilusóes, sentimentos, nem chuvas doces;
atrás do pano  a vida envelheceu
de tanto esperar...

4 comentários:

Josette Garcia disse...

Adoro ler suas linhas, amiga. Me faz transcender! Sucesso! Bjs

Josette Garcia disse...

Adoro ler suas linhas, amiga. Me faz transcender! Sucesso! Bjs

Zé Carlos disse...

Oi Angélica, obrigado pelo alerta quanto a autoria do texto do Roberto Freire, logo corrregirei.

Um abraço, ZC

Zé Carlos disse...

Menina, veja umas fotos bonitas.

http://sonhodepaz.blogspot.com/

Obrigado pela sua visita, bjs