Meu diário de bordo

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Acolhida

Calo-te com o calor da minha boca
Com o abraço solitário da minha ternura;
Nunca houve tanta verdade
Em tão pouco silêncio.
Um vale de sentimentos que transborda
Uma ponte que não encontra o outro lado
E um imenso borbulhar de sons
Dentro desse vazio de pessoas e gestos.

Eu desenfreada angústia, 
Sem diques, a correr nos corredores da vida
Engulo séculos de esperas, de retorcidos nãos.
Calo-me enquanto curvo-me aos açoites 
Mas  abro-me inteira de esperanças doces
Para acolher teu sorriso manchado. 
Eu ofereço meu ventre cansado
Para receber teus dias tristes
Que cabem em igual leito de solidão.

4 comentários:

Poemas do Jorge Jacinto da Silva Jr disse...

Adorei! Muito bom! Abraços, Jorge.

Josette Garcia disse...

Sempre me encsntsndo com seus escritos. Pago pau, mas sou uma humilde fã de seus versos. bjs e tudo de bom mais um caminhão.

Clóvis Campêlo disse...

Muito bom, Kika.
A angústia que se resolve pelas próprias atitudes.

Anônimo disse...

Adorei essa parte
"Eu ofereço meu ventre cansado
Para receber teus dias tristes"

diz muito nas entrelinhas :)

parabéns :)