Meu diário de bordo

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Desilusão

Adormeci na soleira do dia
Pensamentos amassados
Alma gelada e vadia
Como meus trapos esfarrapados
Quando me deitei sozinha
Na franja que escora minha agonia
Esqueci que o tinha
Perdido em algum canto e morria
Varri o sol do meu rosto
E enquanto me embriagava
Com a lembrança do desgosto
Meu coração arfava
Senti o corpo entorpecido
A boca balbuciante
O tempo ficando esquecido
E a dor lancinante

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