Meu diário de bordo

domingo, 8 de agosto de 2010

perigo

jogo o corpo fútil nas horas tolas,
já não há compromissos;
olhares omissos talvez
e uma pequena platéia cortez.

despejo sorrisos,
saltito nas palavras com a ponta dos pés
não temo mais os absurdos,
nem vigio o peso
tenho desejos precisos
humor variante como as marés,
especialmente para o falsos surdos.

guardo o rosto crivado de ansiedade
vivamente indefeso...

o corpo jaz tombado...
sinais? só dos pecados aparentes.
a pele alva inunda o ar
de almíscar do banho cuidadoso.

estranhamente calados
os olhos parados, adormeceram risonhos,
mais uma página impressa
entre paredes, entre dentes
uma conta deposta no altar;
pudicamente despida
por primícias de promessas.

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