Meu diário de bordo

sábado, 12 de junho de 2010

Catarse










Será que deveria revelar meu disfarce,
Expor de cara lavada meus dotes tímidos?
Talvez assustasse meu medo e a catarse
Que escondo atrás desses gestos insípidos.


Delicadeza de palavras morrem à míngua,
Onde a presença nem sempre se nota.
Sobra hipocrisia quando falta papas à língua;
Circo e platéia para o bobo da moda.


Não vale um tostão a vaidade da verdade,
Só há mesmo escombros na realidade,
Que vale tão menos que a sinceridade...


Pois que morra como nasceu o segredo;
Forte e imbatível como um rochedo,
Hoje não faz mais sentido tanto medo.

2 comentários:

IVANCEZAR disse...

Um belo e inteligente soneto.
Até mesmo na natureza , plantas e animais se protegem .
E porque razão humanos deveriam se expor ??
Excelente !

nydia bonetti disse...

fiz uma leitura totalmente inversa à do ivan... que coisa fascinante a poesia. beijo, angélica. saudades de você.