Meu diário de bordo

segunda-feira, 10 de maio de 2010

secura


quantas foram as portas
que se fecharam para mim
e quantas abri na marra
quantos foram os risos que engoli
e quantas gargalhadas espalhei
perdi a conta de quanto reboco comi
escalando paredes que não venci
e o mar de palavras que verti
para não afogar sentimentos
nem entalar na garganta arranhada

agora olho ao meu redor
vejo uma mansidão
um silêncio de mim
um estio de sentimentos
uma secura de solidão
que mal me reconheço

2 comentários:

IVANCEZAR disse...

Angélica:
A grande verdade é que os "tombos" da vida deixam amargos legados. Ensinam muito - é verdade - mas fica um sabor amargo que mitiga até mesmo as mais deliciosas guloseimas que vem no depois ...

nydia bonetti disse...

o deserto... caminho por ele. o mar - miragem - que vira poesia. saudades de você, angélica. beijos.