Meu diário de bordo

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Inconfessáveis olhares







Tantos desejos nesses olhares.
Tão inconfessáveis juras
ditas no silêncio que nos envolve.
Você e eu, tão estranhos
e tão indisponíveis um para o outro
e ainda somos amantes ardorosos
nos nossos momentos únicos.


Derrapo nas palavras
você se perde nos verbos
quando o silêncio maculamos
com falas que nada preenchem.


Voltamos aos olhares íntimos,
profundos no aconchego inaudível
que conservamos em cumplicidade.
Você me convida e eu aceito
o banho de olhares como longos beijos.

3 comentários:

IVANCEZAR disse...

BELÍSSIMO, como tudo o que escreves
Aqui para te deixar meu beijo e minha renovada admiração

Clóvis Campêlo disse...

Muito bom, Angélica. Parabéns!

Doroni Hilgenberg disse...

Ang élica,
maravilhoso poema

quando um olhar diz tudo, todo o mais, se completa magicamente.
bjs