Meu diário de bordo

sábado, 28 de fevereiro de 2009







Maturando o corpo da palavra
Angélica T. Almstadter
28-02-2009

Há dias que mastigo o tempo
lavo-me nas águas do choro;
mais um dia sem poesia
engolindo vozes em conchas.

Flerto com alma do vizinho
gasto as palavras que calo
no pensamento enfileirado
...ainda sem colocar no papel.

Escorre o tempo junto a chuva
que cai no mesmo ralo;
apago as emoções,
e no vazio que me enche o espírito
deixo que dancem palavras;
quiçá um dia nasça
uma poesia com corpo e alma.

5 comentários:

Beatriz disse...

Maturidade invejável, Angélica. Sua poesia e´cada mais magnífica. Vc faz as palavras, depois de mastigadas, fluírem através de imagens fantásticas.

Joe_Brazuca disse...

Angélica

O tempo urge liquides...
é matéria insondável, que devora pelas beiradas, imperceptíveis...

e o ralo ?
ah !...o ralo se afoga com a inundação...

grande poesia, enorme...sem tempo, só com vento...
beijo

IVANCEZAR disse...

Angelica:
Aqui visitando voce - estou entrando neste mundo dos BLOGS e aprendendo aos poucos a lidar com ele.
Lindos seus poemas, voltarei com tempo.

Anônimo disse...

anjo de mi vida,
desaparece, não.
posta um poeminha desses bons no meu bloguinho...
vai...

Anônimo disse...

anjo,
te gosto, muito!