Meu diário de bordo

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Profana

Profana
Angélica T. Almstadter
02-06-05

Estanco debaixo do chuveiro;
Para escorrer os meus pecados,
Rogo a calma desse braseiro
Em sussurros derramados.

Pelo ralo desaparece insensato;
O desejo no afã cobiçado
Desprendido sem nenhum recato.
Pelo na pele eriçado.

Lava a alma e a carne fértil,
A corrente de água pura.
Faz de novo a mente débil

Recolhida na veste de alvura;
A simulação branda e estéril
De apropriada compostura.

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