Meu diário de bordo

sexta-feira, 11 de julho de 2008


Consumado est
Angélica T. Almstadter
03-06-05

De que me valem as poções,
Os tarots e as cabalas;
Se nem os rituais de adivinhações
Me conduzem além das ante-salas?

Eu que conheço do fogo a magia,
Do pêndulo a maestria,
Eu que conversei com gnomos e fadas,
Flertei com a lua em noites encantadas;

Queimo e ardo, em brasas de aflição
Na pira dos rudes sacrifícios,
Onde se perpetua a consumação.

Não me salva a carne dos ofícios,
Da tatuagem da Santa Inquisição;
Para respirar entre os martírios.

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